[18+] Nudez masculina, demissão e pedidos de casamento | O melhor de setembro

Setembro é um mês de mudanças. Acaba uma estação gelada e começa outra mais esperançosa, iluminada, agradável. Para o PapodeHomem, foi um mês de entendimentos.

Começamos o mês assustadoramente bem. Acessos, comunidade, textos bons pra cacete, tudo rodando tão bem quanto foi em agosto, quando tudo deu certo demais. Daí tivemos saúdes comprometidas (o Luciano Ribeiro, bem no começo do mês, e eu mesmo -- Jader Pires --, ficando bem mal no final de setembro), nova estrutura de raciocínio para a nossa Fanpage no Facebook, tempestades, furacões e erosão do solo. O suficiente para que nós tivéssemos que ficar bem espertos com o nosso conteúdo e a qualidade dele.

Esse aprendizado parece já estar com bons reflexos nesse começo de outubro, mas a gente só vai saber disso quando o mês acabar.

Por hora, vamos ficar com os textos mais lidos de setembro. Reparem só como temos muitas voltas ótimas de autores que andavam meio sumidos. O João Baldi (como você já vê aqui embaixo), encabeça os melhores textos do mês. O Alberto Brandão está voltando com força total e também está entre os 10 mais lidos, assim como o Gustavo Gitti, que também está aqui embaixo.

1. [18+] Nudez masculina: o mal-estar, por João Baldi Jr. (127,482 leitores)

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Uma interessante compilação que o Luciano me enviou mostra que imagens de caras pelados, seja uma bunda, um tórax ou – choque dos choques – um pênis, aparecem em contextos muito específicos, boa parte deles envolvendo séries de fantasia, gladiadores ou diretamente focadas no público gay. Mesmo nesses contextos, quase sempre numa proporção bem menor do que a boa e velha nudez feminina.
Ou seja, vivemos em um contexto no qual bundas e peitos de garotas aparecem em todos os lugares, mas para topar com a bunda de um cara sem estar assistindo a uma série gay, ela precisa vir acompanhada de um aprofundado contexto histórico ou se passar num universo onde também existem dragões.

2. Street Fighter | o que aconteceu com os lutadores depois do jogo?, por Jader Pires (56,199 leitores)

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O coronel Guile não tem mais honra. Perdeu a audição por conta justamente de seu maior golpe, o “Sonic Boom“. Foi dispensado da aeronáutica e, para completar, durante um exame — e com os nervos à flor da pele pelas mazelas do destino –, Guile atacou um oficial do exército e o deixou em coma permanente. Isso fez com que ele fosse desonrado e perdesse seus privilégios como ex-combatente.
Hoje faz contrabando de ilegais em algum lugar entre o México e o Texas.

3. Somos adultos, certo? A geração social media, por Luciano Ribeiro (50,505 leitores)

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Traduzi mais um Zen Pencils matador, dessa vez retratando a nossa geração e sua relação com as redes sociais e a internet, por Marc Maron.

4. Você deveria pedir demissão, por Alberto Brandão (41,868)

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Pablo Picasso, desempregado e chutando o balde

É bem raro assumirmos responsabilidade  pela nossa felicidade.
Você queria ser médico e salvar pessoas, mas reclama que não teve dinheiro. Sua mãe não pagou o cursinho. Gostaria de morar na Califórnia, mas sua mãe não te colocou no inglês. Diz que está velho demais para arriscar, o mundo não te deu oportunidade antes.
Tudo isso é besteira.

5. Pedido de casamento genial: como não fazer, por Gustavo Gitti (30,076)

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Tenho evitado falar de tais pedidos registrados no YouTube porque mostrá-los certamente criaria confusão e poderia dar a entender que a crítica se direciona a pessoas específicas. Pesquisei rapidamente e vi que existem mais de 3.600.000 vídeos desse tipo, compartilhados em incontáveis sites e redes por aí.
Hoje mudei de ideia ao encontrar mais um vídeo com um pedido de casamento apoteótico, como todo pedido de casamento apoteótico: cheio de desespero, pressa, seriedade, cegueira em relação a onde o outro realmente está, carência, projeção, inadequação, vergonha alheia nacional, medo, forçação, aprisionamento vestido de amor, enfim, o pacote completo. E o problema não é a direção de arte. Mesmo quando tudo é lindo e hype, me pergunto o que estamos colhendo a 100 quilômetros quando plantamos tal admiração por aqui.

6. 11 documentários que você precisa assistir para entender o mundo hoje | WTF #25, por Eduardo Pinheiro (26,937)

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Existem muitos documentários ruins, mais propagandistas do que Michael Moore, e sem tantopathos e gravitas quanto ele. Em geral, são exageros conspiratórios e sensacionalistas. Estes poucos documentários que citarei aqui podem ter um viés político, e é possível arrazoar contra eles ou certos fatos que eles mencionam.
Mas, de forma geral, não são de forma alguma documentários lunáticos, como por exemplo o documentário Zeitgeist – que se trata de uma mistura “agitprop” de astrologia, teoria da conspiração, fatos distorcidos, e, principalmente, semelhante pelo menos em espírito ao velho “Protocolo dos Sábios de Sião”, o documento/propaganda antissemita que circulou na Europa no início do século XX.

São documentos importantes de questões importantes, que todo mundo que gostaria de falar sobre política, nem que seja em conversa de bar, precisaria estar ciente.


7. Comunicação não-violenta: o que é e como praticar, por Frederico Mattos (26,446)

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Podemos passar uma vida inteira com uma sensação de vazio, vivendo de forma apática, fria e superficial, mas completamente crédulos de que está tudo bem.
Muitas pessoas passam uma vida inteira se comunicando de maneira desconsiderada ou até mesmo violenta, sem que se deem conta disso. Acabam, por consequência, não estabelecendo relações significativas e íntimas e acham que está tudo bem, que é assim mesmo.
Como resultado, podem surgir camadas internas de ressentimento, raiva e frustração, pois a pessoa nunca se sente realmente parte de algo enriquecedor.

8. A lei das 10.000 horas é uma farsa: como realmente ficar bom em alguma coisa, por Paulo Ribeiro (24,754)

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Quanto tempo você diria que uma pessoa leva para ficar boa em algo? 10.000 horas é o que dizem.
Mesmo se você não leu o livro Outliers, do Malcolm Gladwell, com certeza já ouviu esse número: você precisa colocar pelo menos 10 mil horas de esforço – ou ainda, 8 horas por dia, todos os dias por 4 anos – para ficar bom em alguma coisa.
Um volume intimidante de esforço, sem dúvida, que só vem a acrescentar à nossa tendência habitual de não querer tentar coisas novas.
Pare e pense: imagine que mundo sombrio seria, se as pessoas não tentassem coisas novas, não buscassem hobbies nem descobrissem paixões, por considerar que precisariam de 4 anos de esforço ininterrupto até ficar bom naquilo?
Felizmente, nem todo mundo levou essa “lei” a sério e agora entendemos melhor algumas partes do processo de aprendizado

9. [18+] Guia do sexo virtual para mulheres, por Lasciva (24,146)

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Dezenas, centenas, milhares de quilômetros estão entre você e seu namorado, marido, amante. Vocês sentem necessidade de contato físico diariamente. E, quando se falam via webcam, dá até para sentir um calorzinho. O timbre da voz se altera só de ver aquele rosto do outro lado da câmera.
É possível esquentar ainda mais as coisas e acender a libido, independente de tempo ou espaço. A tecnologia está aí, para encurtar distâncias e permitir que se visualize o parceiro em ação, ouça seus gemidos e contemple sua expressão de prazer.

10. [18+] Bom dia, modelos pela manhã, por Jader Pires (23,847)

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Parece ser um lance bem hipster. O site Models in the Morning tira fotos, como o próprio nome já diz, de modelos pela manhã, com uma câmera analógica que busca mulheres com pouca roupa e maquiagem, “em seus momentos mais bonitos e vulneráveis”.

O que mais ler de setembro?

Tivemos outros textos em importantes em setembro:

Tem mais coisa ainda

Notaram também a presença de dois colunistas da casa, o Fred Mattos e o Pinheiro?

Por fim, a tradicional pergunta. Na visão de vocês, quais foram nossos melhores e piores momentos em setembro? Onde podemos melhorar?

Abraço!


publicado em 10 de Outubro de 2013, 07:00
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Jader Pires

É escritor e colunista do Papo de Homem. Escreve, a cada quinze dias, a coluna Do Amor. Tem dois livros publicados, o livro Do Amor e o Ela Prefere as Uvas Verdes, além de escrever histórias de verdade no Cartas de Amor, em que ele escreve um conto exclusivo pra você.


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