Nota editorial: estamos em busca de Bom dias com homens e com mais diversidade de corpos e peles — aqui explicamos em mais detalhes o contexto atual da série, suas origens, obstáculos e nossa visão de futuro para ela. Se você é fotógrafo(a) ou tem um ensaio que deseja publicar, fale conosco pelo jader@papodehomem.com.br .
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O ensaio resgatou o meu “sentir ser mulher” no sentido de tirar as camadas que me cobrem criando personagens que não correspondem ao que sou na minha essência. Mais do que posar, foi uma experiência de me ver como uma mulher, me sentir mulher, sorrir não por estar achando engraçado ser sedutora, mas por estar feliz, me sentindo, me tocando, me curtindo, me redescobrindo.
É lindo esse momento de abraçar cada centímetro de pele coberto de história, de experiências, aprendizados. O ensaio é uma experiência de levar amor para si mesma, de se autoamar e isso vai muito além da autoestima e de simplesmente se achar bonita. É uma oportunidade de olhar para as próprias sombras, e abraçá-las com amor.
Por isso, o mais desafiador não foi tirar a roupa e ficar nua... o nu não é nada, é só a materialidade, o físico. O mais desafiador foi quando a Ale me pediu para dançar com liberdade e do meu jeito, como se ninguém estivesse me olhando.
Essa foi a maior nudez para mim, a de ser eu mesma. Primeiro bateu o medo de parecer boba, e depois veio a sensação de liberdade.
Curioso, porque agora estou aqui mostrando um pouco do que sou para pessoas que nunca saberei quem são. E o mais louco é que tá tudo bem assim.
Como é lindo se descobrir, não?
As fotos são da Ale Nakid. O vídeo é do Bruno Batuta para o projeto Alma Desnuda.
Boa semana a todos.
publicado em 02 de Abril de 2018, 00:00
