Tem uma coisa na mistura que me fascina. Todo mundo tem encrustado na cabeça uma série de intenções que visa estereotipar. Dizem que o alemão bebe pra cacete, que o japonês é tímido (e louco), que americanos são gordos e apaixonados por armas...
... o irlandês é ruivo, o russo bebe vodka, os africanos são todos negros (como não poderiam ser!), loiras são de um jeito, morenas agem de tal forma, as européias são assim e as latinas, assadas. Uma segregação mundial na ponta da língua de cada um que gosta de der metido a entendedor.
E aí a gente vem e bagunça tudo do melhor jeito. Pega um pouco de cá, toma um pouco do lado de lá e, nessa putaria deliciosa, desvairada e desmedida, misturamos tudo. Não tem raça, cor ou antecedente étnico que segure. A miscigenação foi o melhor pecado cometido pelo ser humano.
Dessa deliciosa transgressão da humanidade, as mestiças chegaram aos mais longínquos espaçozinhos do planeta. Elas estão em todos os lugares e em suas mais maravilhosas formas e conteúdos. É o caso da nossa pequena Levy Tran.
Ela tem todos os traços de uma delicada oriental, daquelas que poderiam muito bem servir de perfeito modelo para as personagens submissas e silenciosas do O País das Neves, do escritor japonês Yasunari Kawabata. Isso se não fossem os riscacos pelo corpo, o sorriso completamente tomado de confiança e malícia. Essa troca, esse híbrido teimoso, arrogante e por demais encantador prende a atenção de qualquer um que tenha um tico de vontades.
Vai lá. Dá um oi pra ela.
















Boa semana a todos.
publicado em 28 de Janeiro de 2013, 12:00