Curso intensivo de apreciação de folk

Tive um Fusca cor de abacate e ano 1972 – parecido com esse aqui – que foi protagonista de episódios eternos entre 2008 e 2010. Banco de couro, acabamento do painel que simulava madeira, rodas e calotas originais.

Uma belezinha, ainda que eu nunca tivesse sido o maníaco-que-fazia-questão-tudo-fosse-original. Uma das peças modernas, por assim dizer, era o rádio, um modelo simples, mas equipado com mp3. A facilidade tecnológica me permitia ficar longe dos cassetes e das rádios. Vieram então os CDs de mp3 em que escrevi “Deus”, “Deus 2” e “Jesus”.

Deus era Bob Dylan.

Jesus era Neil Young.

Vocês sabem: na dúvida, é bom tê-lo ao nosso lado.

Folk é uma adaptação da palavra alemã “volk” (povo, seria a tradução para português. lembrou da Volkswagen?) e serve para classificar, de maneira genérica, músicas folclóricas, tradicionais, de um povoado ou região. O country e o bluegrass, dentro dessa lógica, seriam tipos específicos de folk, por exemplo. Aquela música tradicional e específica dos Balcãs é folk. Os antigos lamúrios celtas ou os persistentes acordes dos violões no Greenwhich Village, em Nova York, no início dos 1960 também são.

Lá no século 19, bem antes do Fusca, de Dylan e Young, enquanto as classes mais abastadas espalhadas pelo Reino Unido e pelos Estados Unidos se fechavam em salas de concertos para a audição de música clássica, pelas bordas dos centros urbanos, trabalhadores rurais, operários e desempregados insistiam em entoar as canções de seus ancestrais. Relegados à própria sorte, não havia muito mais a fazer a não ser olhar para trás com orgulho e botar o dedo na cara de quem os mantinha sob condições quase sempre subumanas.

Como o jazz ou qualquer categoria musical com embriões populares, o folk carrega em sua gênese a possibilidade de fusões, a capacidade de influenciar e ser influenciado por quase qualquer ambiente musical que seja criado. Beethoven, por exemplo, chegou a produzir arranjos para spirituals e canções que sopravam ao vento naquela época. Não há um instrumento específico que o represente nem cercados ou muros muito claros para definir o que é ou não folk. Vai um pouco da sua boa vontade.

Feita a explicação inicial, vale indicar de que trataremos nas próximas linhas do folk que se desenvolveu, principalmente, nos Estados Unidos.

Acredita-se, por exemplo, que o primeiro festival de música desse tipo de folk tenha acontecido em 1928, em Asheville, na Carolina do Norte. Dali para a década de 1960, a coisa se desenvolveu bastante. O sucesso de inúmeros cantores do país fez com que o termo atravessasse o mundo de maneira a designar quase que exclusivamente o estilo musical interiorano yankee.

Anos depois, na década de 1970, para resolver a equação, a indústria musical começaria a classificar as músicas com raízes folclóricas regionais – mas que não eram o folk americano – como world music.

Pronto, uma nova prateleira estava criada. E uma monte de gente ganharia Grammy por conta disso.

As características gerais mais comuns no folk


  • Vocalista com uma boa amplitude vocal.

  • Violão base como a grande argamassa de tudo. A inclusão de gaita, violino, trompete, bateria ou qualquer instrumento vêm depois.

  • Músicas pontuadas, geralmente, por acordes maiores e que propõem abertura para a harmonização vocal.

  • Nem sempre há um refrão.

  • Estrutura de acordes simples e repetitiva.

Tudo é folk (1800 - 1930)

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É importante lembrar que antes do século 20, poucas eram as pessoas que sabiam ler ou escrever. De modo que as canções folk se baseavam na tradição oral.

O que significa dizer que, em sua maioria absoluta, camponeses e trabalhadores de fábrica, os “folkistas” de então, dependiam da memória e das gerações seguintes para transmitir suas mensagens. A apresentação se dava, em oposição à chamada música de câmara, em espaços abertos. Plantações, calçadas e abrigos eram os palcos. Vale citar a grande jornada atropológica vivida por John Lomax e, posteriormente, por seu filho, Alan, que cruzaram os EUA para catalogar o material surgido no período que antecede as gravadoras.

São raras as canções desse período que abordam questões nacionais. No folk dessa época, até pela imobilidade social, as letras citavam questões de povoados específicos e problemas pontuais de dentro dos EUA. Os temas mais comuns, então, eram datas pagãs ou religiosas, celebrações comunitárias, casamentos ou até funerais – o princípio do blues é absolutamente semelhante.

Corais, cantores e grupos não viviam de suas canções. Também não havia Ecad nem direitos autorais. A música era um enorme espaço copyleft.

Músicas para conferir:

This Land Is Your Land (1930 - 1961)

Pete Seeger no banjo e Woody com a rabeca. Foto rara e histórica
Pete Seeger no banjo e Woody com a rabeca. Foto rara e histórica

“Desde sua origem, o folk tem sido a música da classe trabalhadora. É focada na comunidade e raramente obtém sucesso comercial. Por definição, é algo que qualquer um pode entender e que todos estão convidados a participar”.
Ronald D. Cohen, Folk music: the basics

Nesse período, sob a reverberação do Crash da Bolsa de Nova York e da Grande Depressão, muitas mudanças tomam corpo. As enormes dificuldades sociais e a fome passam a assolar milhões de agricultores, pequenos produtores e trabalhadores rurais. O processo de migração do campo para as cidades ganha cada vez maior ferocidade.

É sob esse pretexto que gente como Woody Guthrie e Huddie William Leadbetter, o Leadbelly, se criam. Woody chegou a cruzar o país para tentar um emprego na Califórnia. Na jornada, encerrada com sua morte em 1967, vítima de uma doença degenerativa, escreveu centenas de canções. Se apresentava com a frase “This machine kills fascists” pintada em seu violão.

Os temas centrais do período são luta, esforço coletivo e uma porção de esperança. Cria-se o cancioneiro básico de protesto.

Artistas que você precisa conhecer

Woody Guthrie. O homem que foi o herói da infância de ninguém menos que Robert Allen Zimmerman. Prolífico compositor, agitador das bandeiras tradicionais da esquerda socialista. É autor do hino americano não oficial “This Land is Your Land”.

Pete Seeger. Banjo tão afinado quanto sua clareza de ideias políticas. Bruce Springsteen nasceria de novo para ser ele. É o suficiente.

Leadbelly. Um monstro. Importante para as bases do folk e para o princípio do blues. Escrevia sobre bebidas, mulheres e também sobre política. Adolf Hitler e racismo foram seus alvos.

The Weavers. É como se houvesse um Harlem Globetrotters do folk. Você precisa ouvir essa galera.

The Almanacs Singers. Foram alvo do FBI naquele princípio de Guerra Fria. Os burocratas acreditavam que os cânticos pacifistas prejudicavam os esforços de recrutamentos de soldados. Guthrie e Seeger estavam lá.

Sis Cunningham. A voz feminina dos Almanacs. Vale citação particular pela qualidade dos poucos, mas lindíssimos, registros individuais. Criou a revista Broadside, espécie de "Rolling Stone" do folk.

Burl Ives. Responsável por dar ao folk uma aura menos politizada. Tem uma enorme carreira como ator. Chegou a ser premiado com o Oscar pelo filme “Da Terra Nascem Os Homens”.

Músicas para conferir

The times they are a-changin' (1961 – 1965)

Pelo jeito, não era só Luther King que tinha um sonho
Pelo jeito, não era só Luther King que tinha um sonho

Guerra, trabalho, direitos civis, sátira social, acidez e, porque não, amor. Guthrie e Seeger, os mentores intelectuais e responsáveis por popularizar as bases do folk, não seriam capazes de prever o que viria na "década paz e amor".

O Greenwhich Village, em Nova York, se transformaria na cozinha onde beatniks e compositores criariam o caldo de uma nova leva das chamadas canções de protesto americanas. Minetta Tavern, Cafe Wha, The Black Rabbit e o Gaslight Cafe foram os símbolos físicos do período, as sedes extra-oficiais de encontros de gente como Bob Dylan e Allen Ginsberg.

A emocionante Marcha sobre Washington, de Martin Luther King, é o ápice político do folk. Mais de 250 mil pessoas choram, discursam, rezam e cantam pelo fim da segregação racial.

Artistas que você precisa conhecer

Bob Dylan. Completamente desnecessário apresentá-lo.

Malvina Reynolds. Filha de judeus pacifistas que se opunham à Primeira Guerra Mundial, já nasceu ativista política. Autora da incrível “Carolina Cottom Mill Song”.

Peter, Paul & Mary. Estavam lá quando Luther King fez o discurso “I Have a Dream” naquele 28 de agosto de 1963.

Donovan. Surgiu do cenário folk britânico e, diz a lenda, é o responsável por ensinar John Lennon a dedilhar um violão.

Dave Von Ronk. Amigo da patota nova-iorquina. O nome do (chatíssimo) filme Inside Llweyn Davis, dos Coen, é uma homenagem ao disco "Inside Dan Von Ronk".

Joan Baez. Foi parceira daquele Dylan que acabava de chegar à maior metrópole do mundo. Dona de uma voz única.

Bert Jansch. Monstro ao violão. Influenciou tanta gente que acabou alvo de um dos inúmeros plágios do Led Zeppelin.

Odetta. Um absurdo completo. Não é exagero dizer que seja a Nina Simone do folk.

Phil Ochs. Som perfeito para um final de expediente. Morreu cedo (tinha 35 anos), mas deixou oito discos gravados.

Álbuns para conferir

Something is happening here. But you don't know what it is (1965 – 1970)

"Quer dizer que eu não posso tocar guitarra?"
"Quer dizer que eu não posso tocar guitarra?"

“Bringing It All Back Home” no talo para começar.

Esse disco aí, que os puristas fizeram questão de renegar em 1966, é talvez o grande culpado por ter escrito tudo que você leu até aqui. Bob Dylan virou Judas. Foi vaiado, chamado de traidor. O simples ato de plugar sua guitarra, de saltear metade do show e do disco com altas doses de rock, blues e country fez gente do calibre do finado Pete Seeger enlouquecer.

Afinal, onde é que estava o bardo judeu romântico de Minnesota? Quando se apresentou no Newfork Festival  acompanhado por uma barulhenta banda, Dylan berrava, sem dizer uma palavra, que os tempos estavam mudando. Era abraçar a onda ou morrer boiando com o passado. A capacidade de aglutinação de elementos de outros gêneros musicais começaria aqui para nunca mais voltar.

Ninguém na América ficou imune aos ventos trazidos por Beatles e Rolling Stones. Não seria o folk o único a se manter parado. O jeito foi adotar parte das influências e criar uma espécie de folk rock, que se desdobraria com o passar dos anos. Era possível se manter tradicional, ainda que não fosse por inteiro. A alma estava ali. Talvez o corpo já não fosse exatamente o mesmo.

Artistas que você precisa conhecer

The Band. Começaram como apoio de Dylan e se tornaram uma das maiores bandas da história. Importantíssimos para o folk rock.

Buffalo Springfield. Durou pouco, mas foram notáveis. Três discos sensacionais. Fusão entre "iê-iê-iê" dos Beatles de início de carreira com folk e country. Primeira parceria entre Neil Young e Stephen Stills.

Neil Young. Guitarrista e compositor para além de qualquer suspeita. Capaz de fazer um violão soar como se houvesse três. Parceiro da incrível Crazy Horse, a pior melhor banda do planeta. Tem, por baixo, 10 discos obrigatórios para qualquer amante da música.

Simon & Garfunkel. Deixe “Sound Of Silence” de lado. Harmonias vocais que dariam a base para décadas depois o Fleet Foxes viver muito bem.

The Byrds. Representantes do folk rock para as massas. Raul Seixas devia ser fã deles.

Love. Levou o folk para dar uma volta com a psicodelia do final dos anos 1960 e não voltou mais.

Álbuns para conferir

Only Love Can Break Your Heart (O mundo se abre nos anos 1970)

Joni amplia a capacidade poética da coisa
Joni levar o folk para um novo caminho

A virada da década não alterava o cenário político americano. A Guerra do Vietnã massacrava os filhos da classe média, as pessoas seguiam nas ruas querendo mais direitos e menos belicismo.

Por fim, mesmo com tudo isso, Richard Nixon era eleito para comandar as ações na Casa Branca. O que sugeriria uma abordagem política direta acabou por desamarrar mais as coisas. É nesse período que surgem James Taylor e Cat Stevens, que não apenas se mantêm distantes dos temas que faziam a cabeça de gente como Seeger como apresentam melodias mais vividas e felizes, firmando um abraço ao pop. Na outra ponta, afloram-se as abordagens poéticas e introspectivas dos canadenses Joni Mitchell e Leonard Cohen.

Era como se após uma década na batalha, o folk saísse das ruas, voltasse para casa e depois resolvesse passar pelo divã.

Artistas que você precisa conhecer

Joni Mitchell. Equivalente feminino de Bob Dylan. Escreve e canta de maneira inigualável. Tem pelo menos 5 álbuns memoráveis.

Leonard Cohen. Outro que caiu no folk após uma experiência artística num outro campo (Cohen era escritor).

Crosby, Stills, Nash & Young. O primeiro supergrupo da história. A diferença para os outros é que eles eram realmente bons. Quebraram a certa passividade em que o folk caiu com os retratos políticos ardilosos “Ohio” e “Find The Cost Of Freedom”.

Nick Drake. Virtuose (sem ser chato) ao violão e garganta pontual e afinadíssima. Na curta carreira, nunca escreveu uma canção ruim.

Gram Parsons. Um figuraça que influenciou a melhor fase dos Rollings Stones (O ciclo "Beggars Banquet"/"Exile On Main St"). É, de certa forma, fundador do que viria a ser o alternative country.

Sixto Rodriguez. É aquele do documentário Searching For Sugar Man. Você precisa ouvi-lo. Se sobrar tempo, assista ao filme, que é bem massa.

Álbuns para conferir

A deprê e o longo inverno dos anos 1980

"Porra, para onde foi todo mundo?"
"Porra, para onde foi todo mundo?"

É possível que o lançamento de Blood On Tracks, em 1974 - para muitos o maior disco da carreira de Dylan -, tenha deixado o pessoal cabreiro o suficiente para esquecer por um bom tempo da música folk. Dali em diante, a canção do povo, feita pelo povo e para o povo sairia de cena de vez.

De útil desse longo inverno vieram apenas os álbuns Nebraska, de Bruce Springsteen, e Graceland, de Paul Simon. O segundo, aliás, o exato representante daquela questão "folk-X-world music". Simon, quebrando as regras contra o regime de apartheid sul-americano, foi à África e gravou uma pérola folk recheada com tempero do país de Mandela.

Escolha o lado que quiser na disputa, mas ouça o disco vencedor do Grammy de 1985.

New Morning (A parada vai começar a brilhar, 1990 - 2000)

Belle And Sebastian. O indie e o violão
Belle And Sebastian. O indie e o violão

Na década do grunge e do nu-metal, o folk permanece como um segmento relegado ao segundo plano. Acontece que a indústria musical começava a dar seus primeiros passos mais concretos em direção ao cenário que vemos hoje: produção artesanal, pequenos selos e espaço para artistas sem capacidade para lotar ginásios ou estádios.

É nesse contexto que surge o segmento do chamado alt-country (alternative country). Com lacunas preenchidas por guitarras distorcidas, efeitos e pouca (ou quase nenhuma pretensão), bandas como o Uncle Tupelo e Old 97's saem da casca. Elliott Smith, mais introspectivo, e o Neutral Milk Hotel, um enorme poço de referências do passado e influência para o futuro, devolvem o folk às listas de melhores discos do ano.

Dylan ainda vence um surpreendente Grammy por sua interpretação vocal (!), em 1998. O cenário de seca da década passada parecia começar a mudar.

Artistas que você precisa conhecer

Belle And Sebastian. É tão indie quanto folk. Delicado, fino e instrumentalmente bem construído.

Elliott Smith. Carreira absolutamente fora da média interrompida por uma morte inesperada (e até hoje com motivos incertos) aos 34 anos. Vale ouvir tudo que você encontrar.

Álbuns para conferir

Uma era maravilhosa e estranha no novo século (2001-atual)

Wilco representa o passado, o presente e futuro. Agora o folk é pop e experimental.
Wilco representa o passado, o presente e futuro. Agora o folk é pop e experimental.

De um lado, uma produção massificada, impessoal, pasteurizada e com pouca ou quase nenhuma personalidade. Apenas a transliteração da canção pop, da velha e batida estrutura verso-pré-refrão-refrão-verso-ponte-refrão  com uma roupagem que pode ser vendida como folk. Do outro, novos ventos, novos artistas, festivais e aquela crueza que fez tão bem ao folk 40 anos atrás.

Ainda que não haja – e nem deveria haver – animosidade entre as vertentes, não chega a ser difícil visualizar a distância que há entre o público mais fechado, quase que exageradamente hipster que segue o Bon Iver e os estádios lotados de Mumford & Sons e Lumineers.

Há o Avett Brothers num interessante meio termo também. Sabe-se lá o possível peso que o sucesso internacional alcançado por Juno, comédia água com açúcar de 2007 em que o folk brilhava em trilha sonora folk, teve nesse processo de abertura de público.

A vida digital da virada para o século 21 facilitou o acesso às mais variadas produções culturais e a música parece ter sido a grande vitoriosa do processo. Ainda que os artistas, diferente dos folkistas lá do começo do texto, queiram garantir seu justo e honesto dinheiro com direitos autorais, o ouvinte consegue ter acesso a tudo que nem conseguiria imaginar antes.

Artistas que você precisa conhecer

Wilco. Maior nome do folk rock atual. Altas pitadas da música independente americana dos anos 1990 e o outro pé fincado nas raízes mais puras do folk. A banda sabe soar nervosa como o Neil Young de "Zuma", pop como os Beatles e inteligente como Dylan.

Bon Iver. Justin Vernon se isolou numa cabine da caça em Wisconsin por três meses para gravar o primeiro disco do projeto. Levou o Grammy de Melhor Música Alternativa pelo segundo trabalho. Ou seja: ouça.

Fleet Foxes. Atmosfera hippie, visual hippie e música boa para caralho. Até aqui são dois álbuns, um EP e nenhuma faixa que não mereça ser ouvida do início ao fim.

Tallest Man On Earth. Kristian Matsson grava seus discos em sua casa, na terra natal Suécia. Mas fique tranquilo: é tudo simples, orgânico e com enormes semelhanças com aquele Dylan de princípio de carreira. Ah, ele canta inglês.

Laura Marling. A melhor voz do folk atual. Se apresenta acompanhada apenas por seu violão. E nada poderia ser mais bonito que isso.

Bill Callahan. Voz grave, quase um barítono, aliada às sonoridades e letras bem construídas. Paulada atrás de paulada. Sempre.

Bonnie “Prince” Billy. Não recomendado para quem passa por fases difíceis na vida. Melancolia - e até um certo tom soturno - são as bases do folk de Will Oldham. De toda maneira, é um puta artista.

Andrew Bird. Multi-instrumentista de mão cheia, toca violino, guitarra e bandolim com a mesma habilidade. Surgiu no meio dos anos 1990 e segue em ótima fase.

Mumford & Sons. Alvo principal da raiva daqueles que gostariam de manter o folk para sempre longe das paradas de sucesso. A verdade é que o pop com roupagem folk de Marcus Mumford é honesto, ainda que limitado. É uma espécie de Coldplay (quase) caipira.

Álbuns para conferir

Até a próxima.

folks


publicado em 02 de Junho de 2014, 06:46
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Rafael Nardini

Torcedor de arquibancada, vegetariano e vive de escrever. Cobriu eleições, Olimpíadas e crê que Kendrick Lamar é o Bob Dylan da era 2010-2020.


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