Pedrinho Fonseca: a memória, o afeto e a família | O Papo #3

Uma conversa sobre a dimensão da intimidade

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Jantares em família, bares com amigos, aniversários, casamentos. Frente aos compromissos da carreira, esses eventos acabam ficando em segundo plano.

De maneira bem mais frequente do que gostaríamos, grandes homens e mulheres conseguem seus cargos e elevados salários abdicando das esferas mais particulares da vida.

Além disso, há também uma parcela desses mesmos homens e mulheres que, apesar de terem carreiras brilhantes, da porta pra dentro cultivam relações problemáticas, cedem a hábitos e impulsos por vezes contraditórios com a figura e o brilho que emanam pelo mundo.

A dimensão da intimidade costuma ser colocada em segundo plano por muita gente. Talvez por que as perdas não fiquem tão claras assim quando falamos no assunto.

A verdade é que esse aspecto da vida é tão importante quanto todos os outros.

Pedrinho Fonseca é alguém que deixa em evidência a necessidade de ser dentro de casa a mudança que se gostaria de ver no mundo, um reflexo de um futuro melhor que possa ser usado como exemplo pelos filhos em todos os aspectos da vida.

Conversamos com o Pedrinho sobre o papel do homem na formação da família, igualdade de gênero, depressão masculina, sobre mudar de uma cidade grande como São Paulo para outra tão drasticamente menor e diferente, como Barbacena e muitos outros assuntos, que envelopamos nesse vídeo.

Vivemos em um mundo no qual a carreira nos puxa constantemente, existe uma pressão para se obter o máximo desempenho em detrimento de todos os aspectos familiares e íntimos. Pedrinho Fonseca oferece uma outra visão sobre isso, aliando a sua intimidade ao seu percurso profissional, político e artístico.

“A maior dificuldade sobre a igualdade de gênero é os homens não conversarem”, diz Pedrinho. Para ele, os homens precisam conversar, se abrir, falar sobre os sentimentos, anseios e necessidades. Apesar do clichê vigente da fobia masculina aos aspectos familiares e emotivos, muitos estão cansados de terem seu afeto represado.

Essa é uma necessidade. É bom que a conversa comece o mais cedo possível.

Índice

00:12 - Sobre pontes de afeto; memória afetiva; "O afeto é uma planta que demora pra crescer." 

02:43 - Criar filhos em tempos de igualdade de gênero; "A maior dificuldade do diálogo sobre igualdade de gênero é os homens não conversarem";

07:14 - Como foi a decisão de sair de São Paulo para Barbacena; 

10:57 - O processo de desfazer a mudança para Barbacena;

13:13 - Conselhos para quem sonha com o êxodo urbano; 

15:26 - Relato sobre depressão;

16:50 - "Na sua visão, o que é ser homem?"; "É uma coisa do se permitir sentir. Essa guarda precisa vir abaixo.";

18:10 - "Você passa por um conflito de expor muita coisa?"; "Eu não coloco a família da gente em um lugar de observado".

Mecenas: Chivas

Acreditamos que a arte, empatia e as boas conversas tem o poder de nos ajudar a vencer do jeito certo, por isso, Chivas será o Mecenas da primeira temporada d'O Papo: Conversas que realmente importam.

Vamos trazer pessoas que estão fazendo a diferença para dividirem suas idéias, provocar, questionar e porque não, brindar conosco


publicado em 27 de Maio de 2016, 00:05
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Luciano Ribeiro

Cantor, guitarrista, compositor e editor do PapodeHomem nas horas vagas. Você pode assistir no Youtube, ouvir no Spotify e ler no Luri.me. Quer ser seu amigo no Instagram.


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