Quarta não é necessariamente dia de futebol

Costumamos reservar nossas quartas-feiras para irmos a um bar conversar com os amigos, assistir ao jogo do nosso time favorito, ir ao cinema ou ficar em casa dormindo um pouco mais -- porque, afinal, o despertador tocou, e você, cansado da rotina de trabalho, não conseguiu acordar a tempo para ir a uma dessas atividades citadas.

Em um post do Facebook ou numa conversa de cafezinho, costumamos trocar ideias sobre assuntos que gostamos e que nos fisgam por horas. Guardamos essas ideias no bolso, já que a rotina fala mais alto -- é mais fácil ficarmos extasiados com o sexo ou o futebol da TV. E se colocássemos em prática esses papos deixados de lado em pleno meio da semana?

Na semana de ressaca do quarto encontro nacional da Cabana PdH, eu me enfiei em um estúdio com Gustavo Gitti e Fábio Rodrigues para enfim pôr em prática uma dessas ideias sempre deixadas para depois: os nossos ensaios musicais imaginários.

Power trio da Cabana

Eu sou de Recife, o Gitti é de São Paulo, e o Fábio é de Joinville. Sempre que nos encontramos por aí, batucamos, cantarolamos e ficamos fascinados pelo quanto a música pode proporcionar. Ensaiamos com instrumentos de ar, ou batucamos em mesas ou no teto do carro. Dessa vez, os nossos ensaios imaginários ganharam forma e textura.

A perplexidade e os sorrisos foram o resultados mais empolgantes da nossa Jam. Uma pena não dar pra mostrar isso nas gravações. Bastava o acorde inicial da música começar ou o Gitti fazer uma contagem nos pratos da batera para que voltássemos no tempo, pra nossa adolescência. Eu na guitarra, Fábio no baixo e Gitti na bateria.

Mas isso não significa que seja necessário ter experiência avançada no instrumento desejado para reunir uma galera. Eu por exemplo, não sei nada de como tocar um contrabaixo com “pegada” e toquei baixo em uma música durante o ensaio. A brincadeira toda poderia ser resumida na seguinte frase: relaxa e deixa fluir.

Na volta para casa, cada um comentou como ficou impressionado com esse encontro inesperado. Parecíamos uma banda de grande porte idealizando novas músicas, novas ideias. A sensação que ficou é que de que nós deveríamos nos juntar mais e mais vezes pra tocar.

Toda essa brincadeira foi registrada com um celular. Jimi Hendrix ficaria orgulhoso da homenagem ;-)

Blues Jam 1 | guitarra: Fábio Rodrigues, baixo: Beto Sampaio, bateria: Gustavo Gitti

Blues Jam 2 | guitarra: Beto Sampaio, baixo: Fábio Rodrigues, bateria: Gustavo Gitti

E você? O que acha de tirar aquela ideia do reino do "temos que fazer isso um dia"?

Quer colocar isso em prática?

Para quem está cansado de apenas ler, entender e compartilhar sabedorias que não sabemos como praticar, criamos o lugar: um espaço online para pessoas dispostas a fazer o trabalho (diário, paciente e às vezes sujo) da transformação.

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publicado em 21 de Março de 2012, 07:45
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Roberto Sampaio

Roberto Sampaio perde muito tempo de sua vida num palco imaginário. É guitarrista de blues, compositor, já fez aula de canto e é fã do Jimi Hendrix. Trabalha nas horas vagas como engenheiro. Pode ser encontrado nas ruas recifenses batucando em algo, ou no Facebook.


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