Nota editorial: estamos em busca de Bom dias com homens e com mais diversidade de corpos e peles — aqui explicamos em mais detalhes o contexto atual da série, suas origens, obstáculos e nossa visão de futuro para ela. Se você é fotógrafo(a) ou tem um ensaio que deseja publicar, fale conosco pelo jader@papodehomem.com.br .
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Comecei a fotografar aos dezoito, mas não estava nos meus planos. Simplesmente aconteceu na minha vida e, hoje, é algo que faço com muito prazer.
Digamos que eu me encontrei.
Sempre fui muito tímida e tinha a autoestima bem baixa. Sempre prestava mais atenção nos meus defeitos e acabava que minhas qualidades passavam despercebidas. No momento em que me coloco diante da câmera, é como se o mundo desligasse, como se toda insegurança, toda timidez e toda crítica evaporasse. Aprendi a me aceitar e me amar da maneira que eu sou, e pude ver do que eu sou capaz.
Fotografar sensual/nu é uma experiência incrível. Gostaria que todas mulheres se permitissem. É libertário. É como se abrisse um caminho para a auto aceitação e para o amor próprio. Como se mostrasse pra você mesma que aqueles detalhes que considerava defeitos não passam apenas de detalhes e que não precisa se prender a eles.
Nosso corpo é instrumento de vida, é sentimento. Quando estamos nus, nada esconde quem somos. Nu é liberdade.
As fotos são do Cesar Acosta.
Boa semana a todos.
publicado em 30 de Janeiro de 2017, 00:00