A paternidade ativa será o próximo movimento a ajudar a transformar a sociedade. E isso é incrível

Equilíbrio e parceria nas tarefas de criar um filho. E o homem deixa de ser o único provedor e passa também a ser cuidador. Nada mal, hein?

Em 2016 o PapodeHomem divulgou, junto com a ONU Mulheres, uma grande pesquisa que fez em todo o Brasil para entender um pouco mais sobre a masculinidade.

Disso, um dado me pareceu bem alarmante:

8 em cada 10 homens gostariam de passar mais tempo com os filhos.

Ao mesmo tempo que é um dado triste, por indicar uma grande frustração dos homens, me deixa bem feliz ver que estamos atrás de uma transformação. O papel de simples provedor do lar, que trabalha o dia inteiro e só vê os filhos no fim de semana, não é mais o suficiente.

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O homem quer estar lá do lado para ver os filhos crescerem e contribuir ativamente nisso.

Nossa pesquisa apontou que 44% dos homens sentem pressão por serem os únicos responsáveis pelo sustento da casa, mas não falam sobre isso. Graças a movimentos e avanços na igualdade de gênero, os homens conseguiram sair do papel de apenas provedores para ficar mais tempo com os filhos e, de forma paralela, a mulher consegue dividir as dores e as delícias do trabalho e da casa com os homens.

A paternidade ativa, como o meu amigo Victor Farat explica neste vídeo, é um movimento que encerra um ciclo, em que o homem que era apenas o provedor e passa a ser também cuidador, assim como a mulher passa ser também provedora e cuidadora. Esse que movimento incrível e transformador para todos os lados!

Na minha experiência, poucas coisas são tão transformadoras para um homem do que a paternidade, mesmo aos que ainda não são pais.

Tenho escrito essa coluna quinzenal no PapodeHomem há pouco mais de um ano e jamais imaginei que teria leitores que são homens sem filhos lendo os textos, participando dos comentários e até me mandando mensagens diretamente.

A sensação que tenho é que quando estamos sob o guarda-chuva da paternidade, os homens se sentem mais à vontade para se abrirem, exporem suas fragilidades, emoções, medos e angústias - mesmo aqueles que ainda não são pais. É como se o simples contato com o tema, libertasse a gente dos estereótipos masculinos que vivemos.

Me alegra ver que quando escrevo que participo de um grupo de WhatsApp só de homens que ninguém manda mensagens de pornografia ou faz piada para diminuir o outro, mas o invés disso falamos sobre paternidade, damos apoio um ao outro e contamos sobre nossas dificuldades e alegrias, ao invés de troladas e comentários negativos, recebo uma chuva de emails de homens querendo participar do nosso grupo de WhatsApp para poderem se abrir dessa mesma forma.

Pais presentes, homens transformados e crianças recebendo amor.

Eu não consigo deixar de pensar que apesar de tudo ai fora, a nossa sociedade está mudando e vai ser para melhor.

Mecenas: Cabify

A Cabify acredita e incentiva a paternidade ativa. É inegável a importância da presença do pai na vida do filho. E o que é estar presente?

Estar presente é aproveitar cada oportunidade para participar do desenvolvimento, seja dividindo alguma tarefa, estando ao lado quando o filho precisa ou dando aquele conselho de paizão. Pretendemos engajar os pais ativos e também encorajar aqueles que ainda não sabem como se aproximar. 

Ser pai é um desafio e nós queremos tornar esse papel leve como ele deve ser.


publicado em 24 de Agosto de 2017, 10:00
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Rodrigo Cambiaghi

é especialista em mídia programática, monetização de sites e BI. Reveza o tempo entre filha, esposa, cão, trabalho, banda, moto, games, horta de casa, cozinha e a louça que não acaba nunca.


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