Neste PdH Sessions convidamos o Bardo & o Banjo para nos mostrarem seu folk/bluegrass e falarem um pouco da cultura de arte de rua.
Quanto mais a cidade cresce e a rotina do trabalho e demais obrigações gradativamente nos sufoca, mais vamos sentindo falta de espaço.
Espaço que possa surgir como um silêncio entra cada faixa de um disco, uma página em branco antes do próximo capítulo de um livro, ou mesmo as margens matematicamente arquitetadas de uma revista. Aquilo que dá a liberdade para fazer surgirem novas experiências de vida, de toque, de chão.
Vamos gradativamente sentindo sede de ter contato com experiências que nos façam sentir as paredes dos prédios e guaritas dos condomínios se afastando, de termos a convicção de que estamos nos movimentando por uma escolha autônoma e não apenas correndo para chegar ao próximo compromisso, precisamente na hora e local marcado.
Por estarmos tão envolvidos nos nossos afazeres de formiguinhas da cidade, temos de aprender a gerar esse respiro dentro do próprio espaço urbano. Ou, caso sejamos nós meros admiradores, é importante sabermos agradecer quando alguém resolve dedicar seu tempo de vida a nos interceptar pelas paredes, postes, calçadas e esquinas, como quem chacoalha um amigo que precisa acordar.
O Bardo & o Banjo são esses caras que brotam em alguma esquina, montam suas coisas e de repente fazem uma multidão se aglomerar, cantando e dançando ao ritmo da "música do Pica-Pau".
São três pessoas que se sentem felizes ao ver crianças, adultos e idosos batendo palmas como se tivessem encontrado algum ponto em comum, a despeito das diferenças que a gente insiste em ver entre pessoas de diferentes gêneros e faixas-etárias.
São caras que se orgulham de fazer música caipira de origem americana, como um resgate à cultura do homem do interior, da cidade pequena e distante, do sotaque arrastado. Sabem que tem algum nível de simplicidade e ingenuidade que nos falta quando nos perdemos em meio à paisagem ao mesmo tempo cinzenta e artificialmente colorida do gigantesco Godzilla de concreto que é a cidade de São Paulo.
Eles fazem a gente se lembrar do quanto era bom andar pela rua e dar bom dia ao jornaleiro, ao sapateiro, ao padeiro, ao barbeiro, aos vizinhos, às crianças, e contribuem para tornar a cidade um espaço verdadeiramente mais coletivo, um espaço de encontro e não apenas de passagem.
Músicas, entrevista e a Casa Jaya como anfitriã
Neste quinto PdH Sessions tivemos o privilégio de unir O Bardo & o Banjo à Casa Jaya, um centro eco-cultural, preocupado em estabelecer relações humanas melhores, além de se posicionar sempre de maneira positiva em todas as etapas de suas atividades. Seja no restaurante, na lanchonete, nas festas, reuniões, saraus e demais eventos.
O Bardo & o Banjo também nos presenteou com uma faixa inédita, chamada Homepath.
Além disso, desta vez focamos apenas na música nos vídeos de canções e optamos por dar mais espaço à fala dos artistas, com um vídeo apenas para a entrevista.
Gostaríamos de receber feedback desta mudança no formato, além de dicas de espaços e sugestões de bandas para futuras edições.
Link Youtube | Sweetums
Link Youtube | Homepath – música inédita para quem já os conhecia
Link Youtube | O Bardo & o Banjo: arte, alegria e simplicidade
Atualização em 17/04/2013
Soltamos um novo vídeo com a banda. Para quem gostou e quer ver mais, agora é a hora.
Link Youtube | Summer Rain
Para ouvir mais do Bardo & o Banjo
publicado em 11 de Abril de 2013, 21:44