É bem provável que já tenha visto em algum programa de televisão ou na sua cidade algumas pessoas nas praças ou parques andando e pulando sobre um "elástico" não é mesmo? Pois bem, esse é o Slackline.
E não se trata de um elástico, é uma fita, semelhante a essas que amarram cargas em semirreboques.
A peripécia, conhecida no Brasil como Corda Bamba ou Funambulismo, se baseia no equilíbrio do corpo durante um determinado percurso sobre uma fita tensionada e ancorada em uma determinada altura. Altura essa que é atribuída pelo praticante de acordo com sua habilidade.
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O Funambulismo chama a atenção do público e quase não possui restrições. A ressalva consiste em conseguir manter o controle físico e mental, o foco e conseguir "andar na linha".
O Slackline surgiu na década de 80 nos EUA. Sua prática deu início por escaladores, que no tempo livre resolveram esticar uma fita entre duas árvores e se divertir. Anos passaram e a técnica foi evoluindo junto com seu equipamento.
A princípio, o objetivo parece ser somente andar sobre uma fita. E, realmente, é apenas tentar se equilibrar. Porém, dar os primeiros passos pode ser uma tarefa muito difícil. Com o tempo, a prática se torna como pedalar uma bicicleta. Você vai cair, é claro, mas com um pouco mais de força de vontade pode conseguir umas acrobacias básicas.
![slackline](https://cdn.papodehomem.com.br/wp-content/uploads/2012/09/slackline-620x365.jpg)
Contudo, por que não ir mais além? Existem tipos diferentes de manobras, de acordo com as modalidades, que são:
- Trickline: A que chama mais atenção, por suas manobras envolverem saltos e acrobacias.
- Highline: Basta colocar a fita a uma altura suficiente para que você não queira cair de maneira alguma. Geralmente praticado em montanhas (com cinto de segurança).
- Waterline: Ancorar a fita sobre a água.
- Longline: Fita com distancia acima de 30m.
- Yogaline: Por ultimo, não menos importante e também não menos difícil, consiste em efetuar as manobras de Yoga na fita – o que exige muita concentração.
A reação que a fita causa nas pessoas é das mais adversas possíveis. Não é muito difícil ouvir frases como:
"esse cara lá em cima é louco"
ou
"me leva a mal não, mas pra quê ficar andando nessa corda?"
Porém, após algum tempo, é comum surgir curiosidade e alguém querer participar. Fico muito feliz quando vejo aquela pessoa que apenas nos observava se interessando.
E se o slackline fosse tratado como um conjunto de exercícios tanto para o corpo quanto para a mente, individualmente ou em equipe? Sou praticante de trekking e também de mountain bike e posso dizer que o slackline é o que tem me tomado maior tempo. Não pela sua dificuldade, mas sim, pelos benefícios físicos, psicológicos e sociais que a prática tem me trazido.
Qualquer um pode se exercitar, de crianças aos mais velhos, passando pelos marmanjos, não importa a idade ou o condicionamento físico – que tende a melhorar com a prática. O Slackline trabalha a musculatura do corpo todo. Pode não parecer, mas manter-se equilibrado por alguns poucos minutos é um exercício corporal e tanto.
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Uma única fita pode durar muito tempo e muitas pessoas podem utilizá-la ao mesmo tempo em praticamente qualquer lugar. O equipamento é comumente vendido pelo preço de R$ 130,00 a R$ 400,00 em um kit, envolvendo basicamente, a fita e uma catraca que serve pra tensioná-la. Não custa nada lembrar: quanto mais tensionada, melhor.
Um mesmo grupo de pessoas que se reúne para andar na fita, na maioria das vezes se organizam para uma causa maior e benéfica para a sociedade. O Slackline se destaca por ser um meio hábil para ampliar e exercitar a união entre as pessoas. Não conheço nenhum grupo que após a prática não tenha ampliado sua visão para o próximo.
publicado em 27 de Setembro de 2012, 12:21