Assistindo à derrota brasileira num bar, uma janela de loucura se abriu após certo ponto:
"Ei, Dilma, vai tomar no cú!"
"Galvão, seu desgraçado, você tá acabando com o Brasil!"
"Morre, Fred!"
O surto da seleção em campo contaminou muitos fora dele. Bater a cara na lona não deveria ser desculpa pra agir como um animal desgovernado. A derrota é tão fugaz quanto a vitória. E nada é tão ruim que não possa piorar.
Paira a possibilidade de outro sacode ainda mais indigesto (será possível?) num eventual Brasil x Argentina na disputa pelo terceiro lugar. Melhor que rezar pra isso não acontecer é lembrar que a Copa é uma bolha divertidíssima e dramática. E que nessa bolha surgem 31 perdedores e 1 vencedor. Como todo torneio, é bem mais sobre frustração do que sobre glória.
Então por que não conversarmos mais sobre derrota, humilhação e desgosto, elementos os quais praticamente todos acompanhando esse evento vão experimentar de um modo ou de outro?
Aos anestesiados em casa, recomendo oito leituras especialmente boas:
- O que podemos aprender com o futebol alemão, por Fred Fagundes (alô, CBF)
- "É só um jogo" e outras reações à derrota (na Copa e na vida), por Gustavo Gitti
- A esperança é que nos fode, por Luciano Ribeiro
- Por que Anderson Silva perdeu daquele jeito?, por Luciano Ribeiro
- 10 obstáculos psicológicos que um atleta precisa enfrentar numa decisão de campeonato, por Fred Mattos
- Quase campeão, fui derrotado, por Fred Mattos
- Que tal deixar suas fixações de lado?, por Marcos Bauch
- Prisão Patriotismo, por Alex Castro (ler esse aqui depois do 7x1 pode explodir sua mente)
publicado em 08 de Julho de 2014, 19:33